Bom Dia Brasil
Ativistas divergem sobre o assunto. Argumentam que o banheiro deixa gays e travestis à vontade. Já outros consideram uma forma de discriminação.
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No Rio de Janeiro, há polêmica no carnaval por causa de um banheiro. Tem banheiro masculino, banheiro feminino e banheiro LGBT. Ou seja: um banheiro para lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. É da escola de samba Unidos da Tijuca, campeã do carnaval de 2010 e tida como a preferida dos gays do Rio de Janeiro.
“Foi uma demanda deste grupo, que fez a escola. Porque eles frequentavam banheiro masculino. Alguns grupos poderiam fazer algum tipo de brincadeira”, conta Bruno Tenório, diretor de comunicação da Unidos da Tijuca.
Frequentavam, mas, segundo a escola, nem travestis, nem homossexuais masculinos ou femininos se sentiam à vontade em usar os banheiros comuns. A iniciativa tem a aprovação de componentes da ala abertamente gay da Unidos da Tijuca.
“Nós somos homo, temos ala dentro da Unidos da Tijuca que é a ala de ursinhos. Temos amigos que são travestis e transformistas que frequentam a quadra. Queremos transformar este banheiro em um grande camarim para homo e mais ainda para travestis e transformistas”, diz Edu Saad, coreógrafo da Unidos da Tijuca.
Para a travesti Karina Karão, banheiro exclusivo é um alívio.
“Às vezes tem coisas que queremos fazer no banheiro feminino ou masculino e que a gente não se sente à vontade. Um banheiro gay vai ser maravilhoso para a gente poder tirar, posso dizer, a calcinha, poder tirar a calcinha e trocar de roupa”, comemora Karina.
Mas o ativista Carlos Tufvesson, militante gay e frequentador da escola de samba, banheiro exclusivo para homossexuais é discriminatório.
“Lutamos pela inclusão, pelos direitos iguais. O fato de eu ser homossexual não me pode tirar direito de um cidadão”, analisa o estilista Carlos Tufvesson.
Um estímulo disfarçado à homofobia, acha o presidente do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT, Cláudio Nascimento.
'Parece boa intenção, mas pode gerar efeito grave de discriminação', diz Nascimento.
O banheiro que desperta polêmica ainda vai ser inaugurado neste sábado (8). Mas quatro escolas de samba do Rio já têm banheiros para gays, lésbicas e transexuais. A pioneira foi a escola de samba Unidos do Viradouro. Foi inaugurado em 2006 sem causar maiores rebuliços. Outras que aderiram ao banheiro separado foram a Unidos de Vila Isabel, a Porto da Pedra e a Grande Rio.
A polêmica está aberta.
“Sinceramente, não entendo a necessidade de um banheiro gay, hétero, bi. Como definir e isso?”, questiona o estilista Carlos Tufvesson.
“Eu vou adorar um banheiro gay para mim, especial para mim, se quiser ir, vai. Se não quiser, é isso”, argumenta Karina Karão.
Eu nunca quis ser professor - Odairjsilva
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Eu nunca quis ser professor.
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